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Texto/reflexão
09/11/2023

Pe. João Schiavo e Irmãs Murialdinas

Palestra da Ir. Maristela Galiotto (Murialdina) registrando importante fato da vida do Pe. João Schiavo: A sua imensa alegria em fundar, no Brasil, a Congregação das Irmãs Murialdinas, o ramo feminino da família Josefina.

Pe. João Schiavo e Irmãs Murialdinas

         

                                PE. JOÃO SCHIAVO E IRMÃS MURIALDINAS

 (Palestra proferida pela Irmã Maristela Galiotto, via on line, em 08 de novembro de 2023, dia votivo do Beato João  Schiavo).

"Tomei como base partes do texto do livro “Beato João Schiavo” de Daniele Bolognini, (Italiano) e traduzido para o português pelo Pe. Cornélio Dall Alba, onde escreve sobre o início da Congregação das irmãs Murialdinas e do Livro “História da Congregação” escrito por Pe. Tulio Locatelli, traduzido por Ir. Marina Rigon.

Ambos escrevem que Pe. Eugenio Reffo teve a inspiração de fundar o ramo feminino, provavelmente atendendo um desejo de São Leonardo Murialdo. Como não conseguiu deixou orientações aos sucessores, ou seja: foi o Pe. Luiz Casaril que concretizou este projeto dando início em 1953, com a primeira profissão religiosa de 10 jovens italianas, sendo que as mesmas já estavam sendo acompanhadas e tendo formação desde 1948.

 Na ocasião da primeira profissão dessas 10 jovens, o Pe. Luiz Casaril que era Superior Geral, escreveu aos confrades: “As Irmãs Murialdinas se colocam ao lado de nossa Congregação   para integrar a figura de Murialdo e colocar no mesmo espírito o programa e a Regra”.

Tempos depois, um dos Josefinos de Murialdo, o missionário Pe. João Schiavo, que já estava no Brasil e era provincial e já acompanhava um grupo de moças que desejavam ser consagradas, começou se comunicar com o Pe. Luiz Casaril e Madre Maria Ellena que era então coordenadora geral do grupo, na Itália. Entre idas e vindas de correspondências, encontros com o Bispo de Caxias do Sul, e os superiores, na Itália, Pe. João decidiu juntar este grupo, que também eram 10 e sob as orientações de Pe. Luiz Casaril, iniciou no dia 14 de fevereiro de 1954, o ano Canônico do Noviciado. O mesmo (Pe. Casaril) escreveu ao Pe. João Schiavo: “Comece o ano canônico do Noviciado. Acompanhe-as espiritualmente. Escolha com prudência entre as 10, aquela que pode ser a Irmã Maior. Aceite outras como postulantes, se houver”.  Para Pe. João isto se tornou seu compromisso principal e de muita responsabilidade.

Dando sequência ao tempo.... no dia 09 de maio de 1954, sete jovens vestiram o hábito com uma cerimônia muito festiva........ Então o dia 09 de maio de 1954 fica como ponto central na história Murialdina no Brasil.

E COMO SE MANTINHAM?  ONDE RESIDIAM ?

Trabalhavam nos serviços domésticos no seminário Josefino, em Fazenda Souza (Cozinha, lavanderia, costura).

 Pe. João muito preocupado com a vida da pequena comunidade, queria uma casa, um ambiente para suas filhas. Foi então que o Pe. Diretor, colaborou e construiu uma pequena casa ao lado do seminário Josefino para as Irmãs.

Como o grupo ia crescendo Pe. João foi então a procura de recursos. Achegou-se a pessoas generosas em Fazenda Souza, Ana Rech e Caxias do Sul e, em agosto de 1957 concretizou seu sonho inaugurando o primeiro prédio em Fazenda Souza com a presença do Bispo e autoridades da região.

Pe. Schiavo estava feliz e continuava a dedicar-se na direção espiritual e na formação das irmãs e das jovens que a elas se uniam, confiante na bênção de Deus e sua Providência que jamais o abandonaria se, seguindo suas fortes diretrizes sábias e santas, segundo o espírito de Murialdo, elas prosseguissem no próprio caminho com fidelidade e generosidade.

Pe. João preocupava-se com tudo também em ajudá-las a resolver problemas materiais e econômicos.

Em fevereiro de 1956, Pe. João deixa o serviço de Superior Provincial e assim pode dedicar-se totalmente, sem poupar sacrifícios à formação do grupo. Rezava e trabalhava com elas, dando-lhes coragem nas dificuldades, interpelando-as para uma vida santa, na imitação e no espírito de Murialdo.

E, para dar continuidade ao compromisso assumido, podemos dizer que foram muitos os momentos de incerteza e preocupações. Pe. João pedia a Deus: “Senhor, dai-me forças, cumulai-me de fé”.

Embora as primeiras Professas fossem sinal de que a Congregação se iniciaria com bases sólidas, sentia-se sempre a necessidade de uma mestra que tivesse experiência na Vida Religiosa. Esperava que viesse uma irmã da Itália e como não foi possível, dirigiu-se à Congregação das Irmãs de São José, em combinação e autorização da Superiora Geral e Santa Sé. A solicitação foi atendida e as Irmãs de São José cederam Ir. Elisa Anna Rigon, por 02 anos. E, posteriormente a mesma passou a fazer parte da Congregação das Irmãs Murialdinas de São José. 

As primeiras irmãs eram pobres. Em 1959 ele escreveu ao Pe. Luiz Casaril: “As nossas irmãs são conhecidas como Senhoras Pobres que nunca tem dinheiro para pagar o que compram”.

 A partir de 1956, o grupo de irmãs e formandas começou a se expandir. Foi então que foram convidadas a trabalhar no antigo Abrigo de Menores em Caxias do Sul, no colégio Murialdo em Ana Rech e deram início as atividades na Escola São João Bosco, em Caxias do Sul. 

 Eu, Maristela Galiotto, entrei como aspirante no final de 1960.  Digo que convivi por seis anos como aspirante, postulante e noviça. Tanto eu quanto as demais víamos nele um pai muito dedicado, paciente, amável e fervoroso.

Pe. João foi antes de tudo, um religioso e um sacerdote segundo o coração de Deus. Era para todos um exemplo que estimulava no caminho da virtude, e com o exemplo e com a palavra um educador incomparável, cheio de paciência, de bondade e de perspicácia conquistadora.                                                                                                                                                                                          Ir. Maristela Galiotto

Beato João Schiavo

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